Muito tem se ouvido falar, mandato após mandato, do despreparo de vereadores em seus mandatos, ante o atendimento ao seus eleitores e, principalmente, correspondendo de forma satisfatória aos anseios da população das respectivas cidades os quais são alçados ao poder. Ligado ao dito despreparo, vai vinculado idéia, no imaginário da maioria, do caráter desonesto e ganancioso. Que ocorre, sim, é um verdadeiro axioma, mas hoje , na maioria das cidades, em menor escala, dado advento das redes sociais e seu poder de fiscalização e cobrança.
Muitas vezes, esse poder, democrático, acessível, tem se tornado cruel e injusto, uma vez que,como dissemos, tem se tornado diminuto ao longo dos anos que separam as eleições. Parte dos protagonistas ,que lideram tais cobranças, a fazem de forma maliciosa, no intento único de jogar a opinião pública contra A ou B, aproveitando o ensejo de forma ardil, para fazer auto-propaganda, também no interesse de se lançar no universo político, na maioria dos casos, como candidato a vereador. Detonando tudo e todos que compõe uma legislatura, querem o ibope em benefício de sí próprio, perfazendo um longo percurso de estelionato contra seus leitores –leia-se curtidores- enxergando apenas a possibilidade de substituir sua vítima, ou assentar ao seu lado, em uma hipótese qualquer.
Naviraí, como tantas dezenas de cidades, está neste rol, em uma lista de julgamentos generalizados, mas vazios em sua mais extrema e fria análise –senão, observemos o seguinte raciocínio:
-Esta legislatura, 2017/2020, foi a que menos gastou com diárias, construindo uma economia nunca antes vislumbrada, seja pela consciência dos parlamentares, ou por consequência das cobranças ,tanto dos eleitores, como também da própria justiça em si.
-O repasse e/ou devolução do duodécimo ao executivo municipal, para ser aplicado pela prefeitura em áreas importantes, como creches por exemplo, bateu recorde nos últimos 3 anos, sendo que de uma só vez, o legislativo devolveu aos cofres do município mais de um milhão de reais, hoje aplicados em obras visíveis em bairros.
-Economia nos gastos, com materiais diversos, pessoal e prestadores de serviço.
-Não houve aquela movimentação frequente de oficiais de Justiça no saguão da Câmara, como era quase que praxe em anos passados, o que outorga à legislatura atual crédito, no sentido que conseguiu, de certa forma, dar ênfase à transparência.
-A pressão do legislativo ,endereçada ao executivo, vezes notória, prendeu-se a aspectos que resumiu-se à agilidade no prosseguimento ou início de trabalhos de responsabilidade do gestor municipal, extirpando o caráter pessoal e político, sob a faceta de benefícios de ordem individual, ou seja, inexistiu, de ambas as partes – prefeitura e câmara, vereadores se aproveitando em benefício próprio de qualquer ordem, como antes era conhecido na cidade. Vereador pressionava, em momentos ameaçava, com objetivo de garantir algum dividendo, inclusive somas em dinheiro(Mensalinho).
Portanto, sem mensurar problemas passados com a justiça, em se tratando do coletivo descrito ,e para evitar antipatia desnecessária, pode se afirmar categoricamente que esta legislatura tem se norteado, desde que assumiu em 2017, por fatores éticos até então raros aos olhos da população, o que transformou-se em algo de difícil digestão e aceitação por supostas lideranças da cidade, as quais introduziram esta nova fórmula de críticar, pautada em rede sociais, as usando para galgar, ou tentar pelo menos, um lugar à sombra da casa de leis.
Essa tentativa em alçar voo ,na ânsia e ambição de quem sabe um dia ocupar uma cadeira na casa de leis, torna-se ação perigosa à população, já cansada do velho grito de “Renovação”, que é o argumento mais usado no momento, pelas novas(Pseudo)lideranças. A renovação falada, que ouvimos nos quatro cantos da cidade, por vezes se torna Repetição, ou pior, atraso, ao elegermos o incerto, o duvidoso. Trocar seis por meia dúzia, ou trocar seis por menos ainda,ou por nada, fica ao critério da história, com o povo pagando o Pato.
Nestas eleições,aliás, teremos de tudo um pouco na disputa, mas o que mais se vê, sem dúvida alguma, são pessoas sem o mínimo de preparo, com um vazio enorme. Sem discurso, ou com discurso desconexo à realidade naviraiense. Nesta nominata há, inclusive, e muito, gente querendo apenas o cargo, o salário, esperando a brecha de ser eleito e mudar de vida por completo. Comprar seu carrão. Viajar, quem sabe? Mas sem compromisso com a cidade. Claro,há exceções, via de regra. Bons samaritanos na disputa, gente com as melhores intenções.
Como dizem por aí, falar até papagaio fala e, pelo andar da carruagem, com o que está sendo por aqui ofertado, eu prefiro, sinceramente, votar em algum destes 13 que aí estão ,pois , com o menu que se encontra à disposição, eu acho mais seguro…
