sábado, 30 de dezembro de 2017

Nova Andradina: Charge da virada


Prefeito segue rumo ao novo ano com algumas cargas a serem resolvidas. Nas redes sociais, é nítida a revolta de populares em relação às últimas pautas, como a taxa de coleta de lixo e o não repasse ao consumidor, no caso a  cobrança da iluminação pública.
Ainda nas redes sociais, sem resultados convincentes , a defesa da administração  tenta explicar e   justificar os novos tributos por parte de sua tropa de choque, reeditando velhos clichês (tipo, “não engoliram a derrota” ou “é coisa da oposição”) .
Na linha de frente, o  “almanaque ambulante para assuntos inúteis”, como se declarou esta semana, Vicente Lichoti.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Batayporã: Prefeito é acusado de usar marcenaria do município para fazer casinha de brinquedo para netas


Ontem, quinta-feira (28), o vereador de Germino Roz (PR) compareceu na Delegacia de Polícia Civil de Batayporã para registrar um boletim de ocorrência a fim de que as autoridades competentes apurem a suposta utilização indevida da marcenaria do município.
O vereador relatou que no domingo (24), véspera de Natal, recebeu uma denúncia, via telefone, de que um dos filhos do prefeito de Batayporã, Jorge Takahashi (PMDB), estaria utilizando a marcenaria da Prefeitura Municipal para confeccionar algum artefato de madeira, na companhia de dois servidores públicos.
Ao tomar conhecimento do fato, o vereador disse que entrou em contato com o responsável pelo local, que teria afirmado que o que estava sendo construído era uma casinha de Papai Noel. Indo até o local, Germino Roz disse que se deparou com o filho do prefeito e com dois servidores do município.
Minutos depois o filho do prefeito teria deixado o local, restando apenas os dois servidores. O vereador então conversou com os trabalhadores, que disseram estar construindo a casinha, mas que não sabiam qual era a finalidade nem para onde o objeto seria levado.
Um dos servidores disse ao vereador que havia trabalhado na construção da casinha no sábado (23) até por volta das 23h e que havia voltado à marcenaria no domingo (24), véspera de Natal, para terminar o trabalho. Segundo o vereador, foi possível observar, pela cor rosa da casinha e pelos demais detalhes, que, na verdade, o objeto não se tratava de uma casinha de Papai Noel, e sim de uma casinha de brinquedo, destinada a alguma criança, provavelmente do sexo feminino.
Diante dos fatos, o vereador compareceu na Delegacia de Polícia Civil e registou um boletim de ocorrência para apuração da eventual prática de peculato (crime que consiste na subtração ou desvio, por abuso de confiança, de dinheiro público ou de coisa móvel apreciável, para proveito próprio ou alheio, por funcionário público que os administra ou guarda) e prevaricação (crime cometido por funcionário público quando, indevidamente, este retarda ou deixa de praticar ato de ofício, ou pratica-o contra disposição legal expressa, visando satisfazer interesse pessoal).
Outro lado
Procurado pelo site  Nova News, o prefeito de Batayporã, Jorge Takahashi, disse que, a princípio, não sabia que marcenaria municipal estava sendo usada. Ele disse que tomou conhecimento do fato apenas posteriormente. Nas palavras de Takahashi, há alguns dias seu filho viu a casinha do Papai Noel, que foi montada em uma praça da cidade e se interessou pelo objeto.
O filho do prefeito teria então questionado aos funcionários onde a casinha havia sido feita e quem teria sido o responsável pela sua construção, sendo informado que a casinha foi construída pelo carpinteiro da prefeitura na marcenaria municipal. Ele então teria procurado o servidor e o contratado de forma particular para a construção de uma casinha de brinquedo para suas filhas.
Foi informado ao site que, além de pagar as diárias do carpinteiro com recursos próprios, o filho do prefeito comprou as madeiras e todos os materiais utilizados na construção, tendo inclusive guardado as notas referentes à aquisição dos produtos. “Pelo apurado, como o fim de semana foi de muita chuva, o servidor contratado pelo meu filho apenas usou o espaço físico do barracão para a montagem da casinha”, disse o prefeito.
No entanto, o chefe do Poder Executivo disse que não considera adequada a utilização de um espaço público para finalidades particulares. “Eu não fui comunicado. Vamos identificar e advertir o funcionário que autorizou o procedimento, bem como os demais responsáveis,  para que atos como estes não se repitam”, finalizou Takahashi.

Nova News

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Lepa Radic, jovem comunista sendo executada pelos nazistas em 1943


Lepa tornou-se comunista e se juntou aos partidários anti-nazistas aos 15 anos, em 1941. Ela foi capturada em 1943. Os alemães ofereceram poupar sua vida se delatasse os nomes de seus companheiros, mas ela respondeu que não era uma traidora e os nazistas conheceriam quem eram seus camaradas só quando eles vingassem sua morte.

Ela foi uma dos mais de 18 milhões de comunistas que deram sua vida na luta contra o nazismo.

Imagens e História 2.0

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Nova Andradina: Excursão de idosos em praia custou quase R$ 18 mil em diárias


O “apoio” que pelo menos 15 integrantes da Secretária de Assistência Social e Cidadania de Nova Andradina (MS), a conhecida (SEMCIAS), deu a excursão dos idosos, na cidade de Cabo Frio (RJ), custou o olho da cara ao contribuinte do município.
Somados, as diárias pagas pela pasta da pedetista Juliana Caetano Ortega, quase chega a R$ 18 mil. O fato está repercutindo nos bastidores da cidade.
Caso foi denunciado ao Ministério Público
O caso foi denunciado ao Ministério Público Estadual na última semana e aceito. Nos bastidores do poder, esse providencial “apoio” da Semcias a excursão dos idosos está sendo considerado como uma verdadeira farra das diárias.
Uma fonte contou ao site Vale do Ivinhema Agora, que pode ter existido abuso na retirada destes valores dos cofres públicos. Assim como o número de pessoas que viajou para a excursão de lazer. Por conta do final de semana, o site não conseguiu falar com a titular da pasta, a pedetista Juliana Caetano Ortega .
Gastos com diárias
Segundo ainda a fonte, a solicitação para que o Ministério Público abrisse essa investigação, é devido ao fato, de que a excursão deixou à cidade com todos os custo pago, assim como acontece todos os anos.  

Locomoção, estadia, alimentação estaria tudo incluso. O que pode não justificar os altos valores solicitados em diárias e autorizados pela titular da pasta, que somados, quase atinge a R$ 18 mil.
Vale do Ivinhema Agora

O idealismo de Hegel


Hegel (1770 – 1831) foi o principal expoente do idealismo alemão. Sua obra costuma ser apontada, com frequência, como o ponto culminante do racionalismo. Talvez, nenhum outro pensador tenha conseguido montar, como ele, um sistema filosófico tão completo. Entre suas principais obras estão Fenomenologia do Espírito, Princípios da filosofia do direito e Lições sobre a história da filosofia. Para entender a filosofia de Hegel, é conveniente situar alguns pontos básicos a partir dos quais se desenvolve a sua reflexão. O primeiro desses pontos é o entendimento da realidade como Espírito. Esse conceito, desenvolvido a partir da filosofia de Fichte e Schelling, é ampliado ainda mais em Hegel. Entender a realidade como Espírito, de acordo com a filosofia de Hegel, é entendê-la não apenas como substância, mas também como sujeito. Isso significa pensar a realidade como processo, como movimento, e não somente como coisa (substância). A dialética O segundo ponto básico da filosofia hegeliana diz respeito justamente a esse movimento da realidade. A realidade, enquanto Espírito possui uma vida própria, um movimento dialético. Por movimento dialético, Hegel quer caracterizar os diversos momentos sucessivos pelos quais determinada realidade se apresenta. Nesse exemplo, Hegel ressalta que a realidade não é estática, mas dinâmica, e em seu movimento apresenta momentos que se contradizem entre si, sem, no entanto, perderem a unidade do processo, que leva a um crescente auto-enriquecimento. Esse desenvolvimento, que se faz através do embate e da superação de contradições, Hegel denominou dialética. Embora esse termo apareça já na Antiguidade, com Platão, em Hegel o conceito de dialética se aplica a algo totalmente distinto: não é um método ou uma forma de pensar a realidade, mas sim o movimento real da realidade. Por isso, para compreender a realidade, o pensamento também deve ser dialético. A realidade, para Hegel é um contínuo devir, na qual um momento prepara o outro mas, para que esse outro momento aconteça, o anterior tem de ser negado. O movimento característico, estrutural da realidade é triádico, e eles são comumente chamados de tese, antítese e síntese. 1. Tese – afirmação; 2. Antítese – negação/contradição; 3. Síntese – o novo que surge dos opostos. Hegel os concebe como um movimento em espiral, ou seja, um movimento circular que não se fecha, pois cada momento final, que seria a síntese, se torna a tese de um movimento posterior de caráter mais avançado. Ele explica esse movimento com o exemplo do crescimento da planta, da seguinte maneira: 1 – Inicialmente existe o botão, tese/afirmação; 2 – depois temos a flor, que é a contradição/antítese 3 – da superação da contradição entre esses elementos temos o fruto, que é a síntese, o novo, mas que contém as etapas anteriores em sí. Saber Absoluto Compreender a dialética da realidade, segundo Hegel, exige um trabalho árduo da razão, que deve se afastar do entendimento comum e se colocar do ponto de vista do absoluto. Esse caminho da consciência que se afasta do conhecimento comum e se eleva ao saber absoluto é o objeto de reflexão do autor em sua obra Fenomenologia do Espírito. Hegel compreende esse movimento do real, ou do Espírito que se realiza, como um movimento dialético que se processa em três momentos: 1 - do ser em-si/espírito subjetivo (finito) a consciência que conhece apenas a si mesmo, ou seja, sua subjetividade; 2 - do ser outro ou fora-de-si/espírito objetivo que é a oposição ao espírito subjetivo e consciência da coletividade que se realiza na eticidade da vida política e social, nas leis do Estado. É a consciência realizando-se no mundo da cultura; 3 – e finalmente o retorno, do ser para-si/espírito absoluto (infinito), a consciência voltando-se para si em um autococenhecer-se absoluto, compreendendo-se em sua realização. É o momento que só pode acontecer com a Filosofia, mãe de todos os saberes, o único conhecimento capaz de fazer o espírito ter a absoluta autoconsciência.


quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Vídeo: chinês grava a própria morte ao tentar acrobacia em prédio de 62 andares

Conhecido por seu canal na plataforma ‘Volcano’, site como o Youtube, o blogueiro chinês Wu Yongning morreu ao cair de um prédio de 62 andares. A queda ocorreu no momento em que o jovem de 26 anos gravava mais um vídeo para exibir aos seus mais de 1 milhão de seguidores. Ele fazia exercício como barra fixa no topo da construção, porém, não conseguiu voltar à segurança quando quis.
Após algumas tentativas, ele acaba perdendo a força e despenca. O acidente ocorreu no topo do arranha-céu Centro Internacional Huayuan, em Changsha, capital de Huan. Embora a morte tenha acontecido no mês passado, as imagens começaram a circular na internet esta semana.
Wu gostava de esportes radicais e manobras arriscadas, sempre filmadas e colocadas em seu canal. Tanto que já havia publicado um vídeo onde aparecia caminhando em uma pequena borda no centro de Yuexiu Fortune, de 68 andares, em Wuhan.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Bolsonaro empregou a esposa, a ex e outros familiares na Câmara


O deputado federal e pré-candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSC-RJ, de saída para o PEN/Patriota) nomeou sua atual mulher, Michelle, para exercer cargo em seu gabinete na Câmara no ano de 2007 e só a exonerou depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) editar súmula que vedou o nepotismo.
O jornal “O Globo” já tinha mostrado no domingo (3) que Bolsonaro e seus filhos empregaram, nos últimos 20 anos, uma de suas ex-mulheres, Ana Cristina, a irmã dela, Andrea, e o pai delas, José Cândido Procópio. Andrea continua lotada até hoje no gabinete do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSC-RJ). Um dos filhos do parlamentar, o hoje deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), também foi empregado em seu gabinete.
A informação sobre a nomeação da atual mulher foi publicada pela “Folha de S.Paulo“. “O Globo” confirmou a informação por meio de pesquisa em boletins administrativos da Câmara. Michelle foi nomeada ao gabinete de Bolsonaro em 18 de setembro de 2007. Os dois já tinham um relacionamento à época.
A exoneração veio em 3 de novembro de 2008, com efeitos administrativos a partir de 31 de outubro daquele ano. Em 29 de agosto de 2008 o Supremo editou a súmula que tratou do nepotismo, vedando a contratação de parentes até terceiro grau.
Desde 1998 Bolsonaro e seus filhos deram empregos a familiares de uma das ex-mulheres do deputado. Ana Cristina Valle foi mulher do deputado federal entre 1997 e 2007. Juntos tiveram um filho, Jair Renan Bolsonaro, que nasceu em 1998. Após o nascimento, o deputado nomeou em seu gabinete a tia e o avô do menino, Andrea e José Cândido, enquanto que a mãe foi lotada na liderança do PPB, partido do parlamentar à época.
Andrea ficou no gabinete do presidenciável de setembro de 1998 até novembro de 2006. Em setembro de 2008, uma semana após a edição da súmula pelo Supremo ela foi nomeada na Assembleia Legislativa do Rio no gabinete de Flávio, onde está até hoje, recebendo salário de R 6,5 mil líquido. Andrea foi nomeada no mesmo dia da exoneração de José Cândido no mesmo gabinete. Não há vedação legal à nomeação de Andrea pelo fato de o parentesco ser posterior ao terceiro grau. José Cândido estava lotado na Alerj desde fevereiro de 2003, quando Flávio Bolsonaro assumiu o cargo em seu primeiro mandato.
Entre novembro de 1998 e abril de 2000, a lotação dele foi no gabinete do genro Jair Bolsonaro na Câmara. Ana Cristina, por sua vez, foi nomeada para a liderança do PPB entre novembro de 1998 e dezembro de 2000. Ela foi nomeada depois para o gabinete de Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) na Câmara Municipal do Rio.
O órgão não informou o período em que ela esteve ligada à Casa. Ana Cristina diz não se lembrar quando atuou naquela Casa, destacando apenas que deixou a função em 2006, quando teria terminado o relacionamento com Jair Bolsonaro.
Em abril de 2005, durante uma sessão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Bolsonaro defendeu a contratação dos parentes e citou a situação do filho Eduardo, hoje deputado federal por São Paulo. Ele foi funcionário da liderança do PTB entre 2003 e 2004, quando o hoje presidenciável estava no partido.
Já tive um filho empregado nesta casa e não nego isso. É um garoto que atualmente está concluindo a Federal do Rio de Janeiro, uma faculdade, fala inglês fluentemente, é um excelente garoto. Agora, se ele fosse um imbecil, logicamente estaria preocupado com o nepotismo, ou se minha esposa fosse uma jumenta eu estaria preocupado com nepotismo também“, disse Bolsonaro.
Pragmatismo político

sábado, 2 de dezembro de 2017

VÍDEO: aluno agride professor com soco no rosto em sala de aula

Mais um caso de agressão em sala de aula aconteceu na Escola Estadual Antônio de Alcântara Machado, na zona Sul de São Paulo, na quarta-feira (29). O agressor, que deu um soco e um chute no professor de matemática, tem 20 anos e cursa o ensino médio no ensino de jovens e adultos (EJA).
As imagens que viralizaram nas redes sociais impressionam. Durante o vídeo, o aluno diz que o professor havia o chamado para a "porrada". O docente se defende dizendo que o estudante ameaçou dar uma "cadeirada" nele.
Após a discussão, o aluno se aproxima do professor que está sentado e o docente se levanta perguntando "o que que é".
Depois, ele tira os óculos e leva um soco no rosto. Ferido, ele ainda leva um chute do jovem.
Logo após a agressão, alunos tentaram segurar o agressor, que arremessou uma cadeira em direção aos colegas de sala.
O aluno que gravou as imagens divulgou o vídeo com uma legenda dizendo que o professor merecia apanhar porque ele "era folgado".
A Secretaria Estadual de Educação informou à imprensa que a direção da escola chamou os responsáveis do aluno e a Polícia Militar, que registrou a ocorrência. A Secretaria informou ainda que existe um estudo de vulnerabilidade das escolas para traçar estratégias a fim de que fatos "lamentáveis como esse não voltem a ocorrer". Foi aberta averiguação pela diretoria de ensino da região.

O Tempo

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

O lado obscuro do ‘milagre econômico’ da ditadura: o boom da desigualdade


O Brasil porizado tem reproduzido uma frase que estava na boca de alguns saudosistas de tempos em que notícias sobre violência e economia em marcha  lenta pareciam raras. “Na época dos militares era melhor”, tornou-se bordão de quem viveu aqueles anos, e ignora a repressão e a presença de censores nos jornais da época para filtrar notícias negativas à ditadura.  A ideia ressurgiu inclusive entre jovens que se anunciam eleitores do pré-candidato à presidência Jair Bolsonaro, por acreditar que no tempo do regime militar o Brasil era mais alentador do que os dias atuais. Bolsonaro alimenta essa ideia tecendo elogios ao período. Entre os argumentos mais utilizados pelo candidato e pelos defensores da intervenção para mostrar a eficácia do regime está a conquista do "milagre econômico", que ocorreu no Brasil entre 1968 e 1973. De fato, nesta época, o país conseguiu crescer exponencialmente, cerca de 10% ao ano, e atingiu, em 1973, uma marca recorde do Produto Interno Bruto (PIB), que aumentou 14%. O avanço veio acompanhado também de uma forte queda de inflação. A taxa, medida na época pelo Índice Geral de Preço (IGP), caiu de 25,5% para 15,6% no período.
O que não se explica diante desse número, entretanto, é o fato de o crescimento ter sido muito bom para empresários, e ruim para os trabalhadores. Para que o plano de crescimento funcionasse, os militares resolveram conter os salários, mudando a fórmula que previa o reajuste da remuneração pela inflação, o que levou a perdas reais para os trabalhadores. A adoção de uma medida tão impopular só foi possível através do aparato repressivo do regime sobre os sindicatos, que diminui o poder dos movimentos e de negociação dos operários. Os militares também interferiram em diversos sindicatos, muitas vezes substituindo seus dirigentes. “Foi um crescimento às custas dos trabalhadores”, explica Vinicius Müller, professor de história econômica do Insper. O arrocho salarial acabou aliviando os custos dos empresários e permitiu reduzir a inflação.
A melhora na atividade econômica se explicava, à época, por uma combinação de fatores. Uma conjuntura mundial mais favorável naqueles anos permitiu crédito externo farto e barato, por exemplo. O Brasil, por sua vez, criou regras que facilitaram a entrada de capital estrangeiro e investiu num programa de desenvolvimento do parque industrial além de reformas estruturais. O crescimento foi acompanhado pela abertura de novos postos de emprego no mercado formal e da expansão do consumo interno. Economistas ouvidos pelo EL PAÍS explicam que o milagre aconteceu principalmente regado a dinheiro internacional que aterrissou através da entrada de multinacionais que encontraram no Brasil um terreno propício para a expansão sob a tutela dos militares, e também por empréstimos advindos de fundos internacionais. Era um ambiente oposto ao do período anterior ao golpe de 1964, quando a grande convulsão política, em plena guerra fria, no país tornava o ambiente econômico incerto e afugentava o investidor.

Problemas sociais

Como a distribuição dos resultados do crescimento econômico foi bastante desigual, a concentração de renda também aumentou muito no período, especialmente entre a população que possuía um grau maior de instrução. Isso fez com que a desigualdade social conhecesse níveis nunca vistos antes. Em 1960, antes da ditadura, o índice de Gini, utilizado para medir a concentração de renda estava em 0,54 (o coeficiente de Gini vai de 0 a 1, quanto mais perto de 1, mais desigual) e pulou para 0,63 em 1977. Os economistas foram unânimes em dizer que os empresários e a classe média que possuía maior nível de instrução foram beneficiados em detrimento da parte mais pobre da população.
Os altos índices de crescimento do PIB vividos enquanto a ditadura esteve instalada no país também não foram acompanhados de uma melhora nos indicadores sociais. Foi exatamente o oposto do que aconteceu.
Além disso, como o governo militar fez uma escolha de investir maciçamente na industrialização, inclusive do campo, muitas pessoas decidiram abandonar o sertão com o sonho de tentar uma vida melhor na cidade, incentivando um êxodo rural sem planejamento  e nunca revertido. Segundo o IBGE apenas 16% da população morava no interior do país em 2010.
O crescimento econômico durante a ditadura começou a ser alavancado durante o Governo de Castelo Branco, que adotou um ambicioso programa de reformas para equilibrar as contas públicas, controlar a inflação e desenvolver o mercado de créditos. Batizado de Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG), ele foi responsável por reformas fiscais, tributárias e financeiras. Castello Branco implementou diversas medidas no sentido de incentivar um maior grau de abertura da economia brasileira ao comércio e ao movimento de capitais com o exterior. A partir de 1964, também foram introduzidos na legislação brasileira diversos mecanismos de incentivos às exportações.
Mas foi no Governo do general Emílio Garrastazu de Médici, sob o comando do então ministro da Fazenda, Antonio Delfim Netto, que o projeto econômico teve como princípio o crescimento rápido, com expressivo aumento da produção – com destaque para indústria automobilística- e grandes obras de infraestrutura. “O Governo apostou em grandes obras e investimento estimulando o setor privado e usando o crescimento como propaganda para legitimar o regime durante a época mais repressiva da ditadura. Era muito importante que ele tivesse apoio de uma parte da sociedade”, explica Muller.
Foi nessa época que nasceu o primeiro Plano Nacional de Desenvolvimento (IPND). O plano investiu principalmente na construção de estradas e obras de infraestrutura, como por exemplo, a Ponte Rio-Niterói (começou em 1969 e foi inaugurada em 1974) e a nunca terminada rodovia Transamazônica.

Crise do petróleo

Na crista do ciclo do crescimento, a economia brasileira tão dependente de empréstimos estrangeiros, passou a enfrentar certa dificuldade quando uma forte crise econômica abalou o cenário internacional: o choque do petróleo. Conflitos entre países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) derrubaram a oferta do insumo entre 1973 e 1974, fazendo os preços quase quadruplicarem no período (o barril subiu de três dólares para11,60), afetando países importadores como o Brasil.
“Com a crise internacional de 1973, temos uma quebra deste modelo econômico baseado no alto endividamento externo e, com isso, a economia vai perdendo força”, afirma o historiador Pedro Henrique Pedreira Campos, professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Como a estabilidade econômica era um argumento essencial para a manutenção do governo militar, os economistas que faziam parte do regime optaram por não abrir mão do modelo e decidiram que o país deveria continuar crescendo a qualquer custo, mesmo que continuasse se endividando cada vez mais.
Foi nesse contexto que surgiu o segundo Plano Nacional de Desenvolvimento (IIPND), este ainda mais ousado que o primeiro, que investiu especialmente na criação e expansão de empresas estatais. A Petrobras ganhou subsidiárias, a usina hidrelétrica de Itaipu foi construída, mostrando o quanto a geração de energia era uma bandeira importante naquele momento em que o Brasil ainda não tinha uma matriz energética estabelecida e necessitava da importação desse bem.
Muller destaca que “os militares tinham planejamento a longo prazo” e que a ideia inicial era de que o país ficasse independente da importação de energia e começasse a gerar renda com a sua produção própria, essa renda seria utilizada para saldar a dívida externa. O plano deles, entretanto, não contava com a retração das maiores economias que, em determinado momento, chegaram para cobrar a fatura. A crise se prolongou mais do que o Governo imaginava.
Mas a conta do crescimento desenfreado baseado em um alto grau de endividamento ficou para a redemocratização. Ao deixarem o poder em 1984, a dívida representava 54% do PIB segundo o Banco Central, quase quatro vezes maior do que na época que eles tomaram o poder em 1964, quando o valor da dívida era de 15,7% do PIB. A inflação, por sua vez, chegou a 223%, em 1985. Quatro anos depois, o país ainda não tinha conseguido se recuperar e ostentava um índice de inflação de 1782%. No jargão econômico, costuma-se dizer que os militares deixaram uma “herança maldita”.
“Embora o regime tenha aparelhado muito bem grande parte do nosso parque industrial, melhorado em aspectos técnicos e tecnológicos a infraestrutura, quando veio a conta, a conta veio muito alta”, explica Guilherme Grandi, professor da Faculdade de Economia e Administração da USP (FEA/USP)”

Os militares e a corrupção

Outra percepção recorrente é a de que no período da ditadura não havia corrupção. “Vários estudos já comprovaram que existia corrupção e era mais fácil que esses malfeitos ocorressem porque não havia investigação”, ressalta Grandi. Segundo ele, a relação promíscua entre interesses privados e órgãos públicos foi aprimorada nesse período.
Pedreira Campos é autor do livro Estranhas Catedrais: as empreiteiras brasileiras e a ditadura civil-militar, 1964-1988 que analisa mais profundamente essa relação. “Houve vários casos de corrupção na ditadura, principalmente no período da abertura envolvendo agentes do estado que foram acusados de se apropriar de recursos públicos”.
A ausência de notícias sobre corrupção no período tem também outra explicação. O Brasil viveu sob um regime de censura que foi estabelecida nos meios de comunicação que estavam orientados a publicar notícias que fossem favoráveis ao governo. E é por conta dessa propensão a maquiar a realidade que notícias denunciando escândalos de corrupção não estampavam a manchete dos jornais. “Um cenário como esse é ideal para a prática da corrupção, os indícios indicam que havia mais corrupção naquele período”, completa Pedreira Campos.
El Pais

Vale a pena ver e pensar: Vício em tecnologia satirizados em ilustrações


terça-feira, 28 de novembro de 2017

Naviraí: Prestes a sair, Adriano deixará gestão mais frágil das pernas


Há o entendimento de que sem as pessoas, torna-se impossível oferecer serviços de qualidade. O mundo moderno está cada vez mais exigente. No setor público, o que se vê são reclamações dos cidadãos/usuários sobre o mau atendimento e sobre serviços de má qualidade. 

A importância de se ter na gestão pública municipal, uma forma que busque nas pessoas a competência não apenas técnico-teórico, mas a capacidade delas gerarem resultados dentro dos objetivos organizacionais, vem à tona nestes últimos dias de novembro, em Naviraí.

Salientamos isso, devido a dois exemplos explícitos na cidade: A própria Gerência de Saúde local já estar no segundo gestor em menos de um ano e, se as coisas continuarem como estão, logo vem a terceira opção para dirigir a pasta - e o Gerente de Serviços Públicos, Adriano Silvério, que pode se afastar final de semana agora.

O afastamento do servidor Adriano Zecão(como é conhecido), foi anunciado timidamente em uma reunião plenária da Câmara de vereadores, mas dias depois, foi confirmada a sites locais como sendo verdadeira. Segundo noticiou-se, o Gerente deve se afastar da administração Izauri no dia primeiro de dezembro, sexta-feira próxima.

Segundo informações colhidas junto a pessoas que compõe o quadro de funcionários da prefeitura, isso se for mesmo concretizado será uma imensa perda para o prefeito.A opinião também é compartilhada por munícipes e lideranças políticas da cidade. 

As opiniões sobre o caso ser um verdadeiro desfalque à atual gestão refere-se oa trabalho do gerente na cidade, que desde o início da administração não poupou esforços e literalmente arregaçou as mangas nas incontáveis frentes de serviço onde ficaram sua marca de  determinação e competência.

Todo este trabalho de 11 meses na Gerência de Obras e Serviços fizeram Adriano ser um consenso na cidade, e sinônimo de que pelo menos um setor público municipal funcionava perfeitamente e a contento.
Única Gerência Municipal que não foi alvo de cobranças ou críticas, tanto da mídia como também da municipalidade, a saída de Adriano deve-se principalmente ao fato das dificuldades encontradas no setor o qual é ainda responsável, principalmente na questão material . A Gerência enfrenta dificuldades em seu orçamento e sobrecarga dos mais variados serviços que tem pela frente, o que torna desgastante ao responsável pela pasta.

Em um trabalho de pouca divulgação, Adriano Zecão foi responsável por enorme mudança no visual da cidade, desde que aceitou o convite de Izauri para o cargo. Detalhista e determinado, trabalhou em muitos casos aos finais de semana e feriados, sempre com muita humildade - o que levou a população a simpatizar com seu trabalho e esforço.

Resta agora saber se o afastamento será mantido, ou se Dr. Izauri já conversou com o mesmo, para mantê-lo em seu quadro, afinal, Adriano saindo, a gestão Izauri efetivamente se tornará muito mais frágil . E dificilmente haverá um substituo à altura, com tamanha vontade e simplicidade para resolver questões que foram além de sua pasta.



domingo, 26 de novembro de 2017

Áudio: Após 3ª morte de criança em hospital em 24 horas, Neninha desabafa indignado


Na data de ontem, domingo(26) o vereador Ederson Dutra(Neninha) desabafou logo após ter participado do sepultamento de duas crianças, que nasceram mortas no Hospital Municipal, a Santa Casa de Naviraí.
O vereador, em fala sincera e em tom de indignação, alegou não ter visto em momento algum no local ,alguma autoridade municipal ligada ao setor de Saúde, e tampouco não ouviu qualquer manifestação sobre o caso das duas crianças de ontem e de uma outra que veio à óbito no dia anterior, sábado(25), também no nosocômio local.
Segundo Neninha, em áudio o qual o site ms Verdade teve acesso ontem à tarde, diretor do hospital, assistente social, prefeito e gerente de saúde, Sr. Edvan , se postam com total indiferença quanto à situação da saúde local e casos similares a este, que deixam famílias enlutadas e extremamente entristecidas. Não há o mínimo auxílio como manda o protocolo, às famílias vitimadas, ou uma explicação pública sequer.
Em meio à indignação, Neninha foi enfático ao questionar: " O que é que está errado? O que está acontecendo com Naviraí?". Neninha complementa alertando que as famílias procuram uma RESPOSTA dos responsáveis pela saúde municipal .
O vereador aproveitou para esclarecer que o atual gerente de saúde, Edvan, não tem(+)condições de permanecer na pasta.
Finalizou o desabafo dizendo que 'a saúde Naviraí está doente, e está na hora de todos se unirem e rever os próprios conceitos, porque senão será tarde demais.'
Ouça o áudio na íntegra:



sábado, 25 de novembro de 2017

Cultura: John Locke



John Locke foi um importante filósofo inglês. É considerado um dos líderes da doutrina filosófica conhecida como empirismo e um dos ideólogos do liberalismo  e do iluminismo. Nasceu em 29 de agosto de 1632 na cidade inglesa de Wrington. 

Biografia de John Locke

Locke teve uma vida voltada para o pensamento político e desenvolvimento intelectual. Estudou Filosofia, Medicina e Ciências Naturais na Universidade de Oxford, uma das mais conceituadas instituições de ensino superior da Inglaterra. Foi também professor desta Universidade, onde lecionou grego, filosofia e retórica. 


No ano de 1683, após a Revolução Gloriosa na Inglaterra, foi morar na Holanda, retornando para a Inglaterra somente em 1688, após o restabelecimento do protestantismo. Com a subida ao poder do rei William III de Orange, Locke foi nomeado ministro do Comércio, em 1696. Ficou neste cargo até 1700, onde precisou sair por motivo de doença. 


Locke faleceu em 28 de outubro de 1704, no condado de Essex (Inglaterra). Nunca se casou ou teve filhos.


Empirismo filosófico de Locke


Para John Locke a busca do conhecimento deveria ocorrer através de experiências e não por deduções ou especulações. Desta forma, as experiências científicas devem ser baseadas na observação do mundo. O empirismo filosófico descarta também as explicações baseadas na fé. 


Locke também afirmava que a mente de uma pessoa ao nascer era uma tábula rasa, ou seja, uma espécie de folha em branco. As experiências que esta pessoa passa pela vida é que vão formando seus conhecimentos e personalidade. Defendia também que todos os seres humanos nascem bons, iguais e independentes. Desta forma é a sociedade a responsável pela formação do indivíduo.


Visão Política de Locke


Locke criticou a teoria do direito divino dos reis, formulada pelo teólogo e bispo francês Jacques Bossuet. Para Locke, a soberania não reside no Estado, mas sim na população. Embora admitisse a supremacia do Estado, Locke dizia que este deve respeitar as leis natural e civil.


Locke também defendeu a separação da Igreja do Estado e a liberdade religiosa, recebendo por estas ideias forte oposição da Igreja Católica.


Locke, assim como Montesquieu, defendia que o poder deveria ser dividido em: Executivo, Legislativo e Judiciário. De acordo com sua visão, o Poder Legislativo, por representar o povo, era o mais importante e, portanto, os outros dois deveriam estar subordinados a ele. Vale lembrar que, no entendimento de Montesquieu, deveria haver uma relação de equilíbrio entre os três poderes.


Embora defendesse que todos os homens fossem iguais, foi um defensor da escravidão. Não relacionava a escravidão à raça, mas sim aos vencidos na guerra. De acordo com Locke, os inimigos e capturados na guerra poderiam ser mortos, mas como suas vidas são mantidas, devem trocar a liberdade pela escravidão.


Principais obras de John Locke


- Cartas sobre a tolerância (1689)
- Dois Tratados sobre o governo (1689)
- Ensaio a cerca do entendimento humano (1690)
- Pensamentos sobre a educação (1693)

Frases de John Locke

- "Não se revolta um povo inteiro a não ser que a opressão seja geral."
- "A leitura  fornece conhecimento à mente. O pensamento incorpora o que lemos".
- "As ações dos seres humanos são as melhores intérpretes de seus pensamentos". 

Suapesquisa

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Criminosos de SC põem fogo em casal, filmam e divulgam nas redes


A Polícia Civil de Palhoça, na Grande Florianópolis (SC), fez buscas na quarta-feira (22) à segunda vítima de um crime bárbaro que chocou a cidade. Bandidos atearam fogo a um casal na madrugada de terça-feira (22) em um matagal no bairro Pacheco, próximo a BR-101. O corpo de Rudimar Gonçalves Muller, de 18 anos, foi encontrado e identificado pelo IGP. Já Thuane Gonçalves da Cruz segue desaparecida.
Os criminosos filmaram a ação e compartilharam a crueldade nas redes sociais. As imagens mostram os bandidos torturando o jovem e, em seguida, incendiando a vítima. Depois, queimam a garota. A delegada Raquel Freire, titular da Divisão de Investigação Criminal do município, informa que equipes estiveram durante o dia na região, mas não encontraram a jovem.
Segundo a delegada, há indício de que a Thuane também tenha sido vítima de homicídio. No entanto, sem o corpo não há como confirmar. Sobre o compartilhamento dos vídeos, Raquel Freire é dura:
— Foram filmados pelos algozes por vontade deles, numa ação de reivindicar esses mortes, tendo como motivação a disputa de pontos de venda de drogas. O que importa é que a intenção de viralizar esses vídeos é justamente chocar a população e impor o medo.
Até o momento, nenhum dos assassinos foi preso. Junto ao corpo de Rudimar, os bandidos fixaram uma placa escrita “morreu porque é cagueta (dedo duro)”.
Fonte: GZH

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Um em cada três brasileiros está pessimista em relação ao futuro


Pesquisa da VAGAS.com mostra que 34% dos respondentes acreditam que o mundo no futuro será pior ou muito pior   
Um em cada três brasileiros está pessimista em relação ao futuro do planeta. É o que revela levantamento inédito sobreCenários para o Século XXI realizado pela VAGAS.com, empresa líder em soluções tecnológicas para recrutamento e seleção. De acordo com o estudo, 34% dos respondentes acreditam que no futuro o mundo será pior ou muito pior que hoje. Para 48%, será melhor ou muito melhor. Em 6% das respostas foi constatado que o futuro será igual e 12% informaram que não sabem. 
O levantamento foi realizado de 27 a 30 de setembro deste ano por meio da base de currículos cadastrados no portal de carreira VAGAS.com.br. A pesquisa contou com 2999 respondentes, sendo 57% homens e 43% mulheres, com idade média de 33 anos, 74% pertencentes à região Sudeste, 51% ocupando cargos operacionais e 59% com nível superior completo ou incompleto.
A pesquisa procurou saber em qual mundo os filhos viverão no futuro. Para entender melhor esse cenário, as respostas foram agrupadas em 12 temas: social, educação, tecnologia, mercado de trabalho, saúde, meio ambiente, família, política, segurança, economia, meios de comunicação e alimentação. Os assuntos que mais receberam respostas foram: social (44%), educação (44%) e tecnologia (43%). Num segundo patamar, mercado de trabalho (39%), saúde (38%), meio ambiente (35%) e família (35%). Já as referências de política (21%), segurança (12%), economia (6%), meios de comunicação (6%) e alimentação (3%) tiveram poucas citações. Em cada tema, houve também a divisão entre referências negativas e positivas. Dos 12 temas avaliados, em sete prevaleceram as menções negativas enquanto nos outros cinco dominaram as positivas.
Veja abaixo o percentual de referências negativas registradas em cada tema e assuntos mais mencionados pelos respondentes a partir da pergunta aberta e sem limitação de tamanho de texto: o meu filho viverá em um mundo:
- Segurança (90%) – mais violento e com falta de segurança
- Economia (85%) – com conflitos econômicos e custo de vida alto
- Política (80%) – com corrupção, falta de ética e políticos não comprometidos
- Meio Ambiente (64%) – com muita destruição ambiental e escassez de recursos naturais
- Social (64%) – individualista e com enorme índice de intolerância
- Mercado de Trabalho (60%) – com desemprego e trabalho escasso, e competitivo
- Saúde (57%) – com sistema de saúde decadente, caro e para poucos
Confira também os tópicos com predomínio de citações positivas e assuntos mais destacados:
- Meios de Comunicação (98%) – com acesso a muito mais informações e de qualquer tipo, avançado em termos de comunicação e digital
- Alimentação (95%) – com boa alimentação, com novas comidas e sem fome
- Tecnologia (76%) – mais tecnológico e novas tecnologias
- Família (73%) – com boa educação familiar
- Educação (53%) – com boa educação e acesso a todo tipo de conhecimento
“As referências que mais se destacaram foram em relação ao crescimento tecnológicos e às novas tecnologias que estarão a serviço de todos. Se por um lado o avanço tecnológico trará progresso em vários setores, por outro os respondentes mostraram-se bastante preocupados com os efeitos colaterais deste avanço, como dependência tecnológica e maior distanciamento entre as pessoas. Outras preocupações com o futuro vão desde a uma maior exigência de conhecimentos específicos no mercado de trabalho até máquinas substituindo os homens e dominando o mercado, o que poderá causar desemprego. Apesar dos avanços da medicina, com novas descobertas e pesquisas, foi mencionado também o surgimento de novas doenças e uma preocupação com o sistema de saúde decadente e caro beneficiando poucos. Também há outras preocupações, principalmente com relação à destruição ambiental, escassez de recursos naturais e sistema de educação precário”, explica Sylvia Fernandez, coordenadora da pesquisa na VAGAS.com
Sobre a VAGAS.com
Com foco no desenvolvimento e licenciamento do software VAGAS e-partner, utilizado por empresas na gestão de seus processos seletivos, a VAGAS.com oferece suas soluções tecnológicas para cerca de 3.000 clientes, 74 deles entre as 100 maiores empresas privadas do País. O ecossistema VAGAS administra em torno de 100 milhões de currículos e o VAGAS.com.br, maior site de carreira do Brasil, recebe uma média de 600 mil visitantes únicos por dia.

Quadrilha do PMDB


Bolsonaro: a cara do fascismo brasileiro


“Onde tem uma frase minha, um gesto meu, um ‘heil Hitler’?”. Com essa frase Jair Bolsonaro procura negar sua aproximação com a política de tipo nazista, mas essa explicação está longe de ser suficiente para responder à questão.
O nome de Bolsonaro começou a crescer e ganhar evidência no cenário nacional junto com as manifestações golpistas. O que começou como uma reação às manifestações de 2013, evoluiu para uma defesa aberta da ditadura militar e finalmente em grandes atos pela derrubada da presidenta Dilma Rousseff, todos eles recheados de palavras de ordem fascistas.
A organização do golpe pelo imperialismo, tendo uma aparência (débil) de apoio popular e de luta contra um partido de massas como o PT implicava necessariamente em mobilizar a tropa de choque da direita; o fascismo.
A propaganda da imprensa capitalista e a massa coxinha na rua não eram suficientes para derrubar o governo petista. Era preciso uma forte campanha anticomunista e, sobretudo, a intimidação por meio da violência.
Não se trata de uma mera troca de presidentes, mas de uma operação de muito maior alcance que necessita acuar os movimentos sociais, populares, sindical, estudantil, e a esquerda de modo geral.
Uma vez que os cachorros loucos da direita estão soltos, não é fácil colocá-los na coleira novamente. E muitas vezes sequer é desejável, pois são um recurso indispensável para a burguesia derrotar o movimento operário e a esquerda em geral.
Ao mesmo tempo, a mobilização da direita para o golpe polarizou a situação e, enquanto parte da população se desloca para a direita, outra parte muito maior se desloca para a esquerda.
Bolsonaro aparece nas pesquisas com 9% das intenções de voto. Alguns institutos chegaram a apontar 18%. E, embora, haja em torno dele um certo ar de zombaria por parte dos setores democratizantes e liberais, o fato é que ele conquista cada vez mais espaço nessa imprensa “democrática” e “liberal”, como é o caso da Folha de S. Paulo, que publicou entrevista com o deputado recentemente.
O golpe e a polarização são resultado da falência do regime pseudo-democrático no país. As denúncias de corrupção, a desmoralização do Congresso, e das políticas democratizantes. Hitler também se ergueu sobre as ruínas da super democrática República de Weimar. Também se apresentava como um ser honesto, tal qual Bolsonaro (“sou acusado de tudo, só não de corrupto”), e propunha “guerra contra a administração parlamentar corrupta”. Diante de um Congresso ineficiente e desmoralizado, que não consegue dar solução a nenhum problema, cresce a busca por soluções extra-parlamentares, tanto da direita quanto da esquerda.
E a grande contribuição aos Hitlers de plantão vem justamente das camadas liberais e democráticas e da esquerda pequeno-burguesa, apêndice da primeira.
Enquanto Bolsonaro apresenta uma política criminosa e demagógica, mas firme para os problemas do País, esses setores procuram se fixar em questões secundárias e que correspondem ao interesse apenas de uma camada geralmente privilegiada da população. A questão da homofobia, a campanha pacifista contra o desarmamento etc. Uma política que, embora pareça muito natural para eles, só contribui para aumentar a popularidade da extrema direita, principalmente pela maneira como é feita.
Chegamos aqui ao ponto central da matéria: Bolsonaro seria, ao que tudo indica, nosso candidato a Bonaparte ou a Hitler.
O primeiro indício é o próprio ar de troça por parte da camada “ilustrada” da sociedade brasileira, e inclusive da própria esquerda. A disseminação da ideia de que ele é uma figura ridícula (embora de fato o seja), serve apenas para despistar a população, que pode cedo ou tarde ser surpreendida com um governo Bolsonaro. Foi exatamente assim com Hitler. Ridículo e grotesco não são sinônimos de inofensivo.
Outra semelhança notável é a ligação de ambos com o exército. Hitler, depois de servir na Primeira Guerra, tornou-se informante do serviço de Inteligência do exército. Seu objetivo era espionar as organizações de trabalhadores e passou inclusive a ministrar palestras para oficiais. A base do movimento nazista foi desde o início o exército e os órgãos de segurança. Seus principais quadros, os comandantes das tropas de assalto etc, eram figuras saídas do exército, onde tinha grande influência. Nem é preciso explicar a semelhança com Bolsonaro nesse quesito.
A oratória “dura” e sem contemporizações também era típica de Hitler. Hitler prometia combater as potências estrangeiras que subjugaram a Alemanha, bem como os “traidores” social-democratas e comunistas com grande violência. Já seu correlato tupiniquim procura dar uma volta. Promete ser implacável com os criminosos (leia-se a população pobre atirada às cadeias brasileiras): “Você não combate violência com amor, combate com porrada, pô. Se bandido tem pistola, [a gente] tem que ter fuzil”. E é por meio desses que chegam à violência contra os movimentos sociais, insistentemente tratados como organizações criminosas, afinal ambos são compostos pela população pobre. A demonstração de força, primeiro em palavras e depois em atos, é fundamental para encher de segurança os covardes de todo tipo, para dar a pessoas que não passam de uma poeira de humanidade a sensação de poder necessária para combater a poderosa classe social que formam os trabalhadores brasileiros. Nesse sentido, o desprezo ao movimento operário, aos movimentos sociais e à população pobre em geral é também indispensável a esse fim.
E tudo isso a serviço de quem? Evidentemente que da burguesia, como revela o deputado na entrevista: “O empresariado não quer mais curtir férias na Flórida. Quer ficar no Brasil. Como podemos ajudar a resolver a violência? Não vai ser com política de direitos humanos”. Aqui fica claro que a violência que ele quer resolver com violência não é a dos “bandidos”. Os donos das grandes empresas não estão preocupados em serem assaltados no semáforo, e sim com a ameaça que representa a classe trabalhadora. A “violência” que Bolsonaro promete aos patrões que irá resolver, é a luta do movimento operário.
Apesar de procurar aparecer como uma figura independente, está profundamente ligado a setores desse empresariado e do “sistema financeiro”, de “variados setores que mexem com bilhões em São Paulo”, segundo suas palavras. Ele representa, na realidade, um setor da burguesia que cada vez mais tende a adotar uma solução de força contra a ameaça que enxerga na população.
Na entrevista, Bolsonaro defende ainda que se for eleito, colocará militares em metade dos ministérios. Evidentemente um plano para impor uma feroz ditadura contra o povo, utilizando a eleição, um processo aparentemente legítimo e legal como um cheque em branco para seu governo. Como fez o alemão.
Para completar, Bolsonaro não tem um programa claro e coerente. É uma mistura de  demagogia social com política ferozmente patronal e um nacionalismo de fachada. O nazismo era exatamente assim. A unidade do seu programa está em um ponto: esmagar o movimento da classe operária.
A grande diferença está no seu conteúdo social. Hitler era o representando dos grandes monopólios alemães contra os monopólios rivais, da Inglaterra e da França. Seu nacionalismo supersticioso estava a serviço desta causa. Bolsonaro só pode chegar ao poder com o apoio dos grandes capitalistas aliados ao capital internacional e este mesmo capital. Seu nacionalismo é a fachada de uma política antinacional.
Causa Operária