sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Batayporã: Prefeito é acusado de usar marcenaria do município para fazer casinha de brinquedo para netas


Ontem, quinta-feira (28), o vereador de Germino Roz (PR) compareceu na Delegacia de Polícia Civil de Batayporã para registrar um boletim de ocorrência a fim de que as autoridades competentes apurem a suposta utilização indevida da marcenaria do município.
O vereador relatou que no domingo (24), véspera de Natal, recebeu uma denúncia, via telefone, de que um dos filhos do prefeito de Batayporã, Jorge Takahashi (PMDB), estaria utilizando a marcenaria da Prefeitura Municipal para confeccionar algum artefato de madeira, na companhia de dois servidores públicos.
Ao tomar conhecimento do fato, o vereador disse que entrou em contato com o responsável pelo local, que teria afirmado que o que estava sendo construído era uma casinha de Papai Noel. Indo até o local, Germino Roz disse que se deparou com o filho do prefeito e com dois servidores do município.
Minutos depois o filho do prefeito teria deixado o local, restando apenas os dois servidores. O vereador então conversou com os trabalhadores, que disseram estar construindo a casinha, mas que não sabiam qual era a finalidade nem para onde o objeto seria levado.
Um dos servidores disse ao vereador que havia trabalhado na construção da casinha no sábado (23) até por volta das 23h e que havia voltado à marcenaria no domingo (24), véspera de Natal, para terminar o trabalho. Segundo o vereador, foi possível observar, pela cor rosa da casinha e pelos demais detalhes, que, na verdade, o objeto não se tratava de uma casinha de Papai Noel, e sim de uma casinha de brinquedo, destinada a alguma criança, provavelmente do sexo feminino.
Diante dos fatos, o vereador compareceu na Delegacia de Polícia Civil e registou um boletim de ocorrência para apuração da eventual prática de peculato (crime que consiste na subtração ou desvio, por abuso de confiança, de dinheiro público ou de coisa móvel apreciável, para proveito próprio ou alheio, por funcionário público que os administra ou guarda) e prevaricação (crime cometido por funcionário público quando, indevidamente, este retarda ou deixa de praticar ato de ofício, ou pratica-o contra disposição legal expressa, visando satisfazer interesse pessoal).
Outro lado
Procurado pelo site  Nova News, o prefeito de Batayporã, Jorge Takahashi, disse que, a princípio, não sabia que marcenaria municipal estava sendo usada. Ele disse que tomou conhecimento do fato apenas posteriormente. Nas palavras de Takahashi, há alguns dias seu filho viu a casinha do Papai Noel, que foi montada em uma praça da cidade e se interessou pelo objeto.
O filho do prefeito teria então questionado aos funcionários onde a casinha havia sido feita e quem teria sido o responsável pela sua construção, sendo informado que a casinha foi construída pelo carpinteiro da prefeitura na marcenaria municipal. Ele então teria procurado o servidor e o contratado de forma particular para a construção de uma casinha de brinquedo para suas filhas.
Foi informado ao site que, além de pagar as diárias do carpinteiro com recursos próprios, o filho do prefeito comprou as madeiras e todos os materiais utilizados na construção, tendo inclusive guardado as notas referentes à aquisição dos produtos. “Pelo apurado, como o fim de semana foi de muita chuva, o servidor contratado pelo meu filho apenas usou o espaço físico do barracão para a montagem da casinha”, disse o prefeito.
No entanto, o chefe do Poder Executivo disse que não considera adequada a utilização de um espaço público para finalidades particulares. “Eu não fui comunicado. Vamos identificar e advertir o funcionário que autorizou o procedimento, bem como os demais responsáveis,  para que atos como estes não se repitam”, finalizou Takahashi.

Nova News

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