sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Que a voz dele seja sempre a nossa voz...

Nelson Mandela morreu, ontem, em Johannesburgo, aos 95 anos. Ele foi o símbolo maior da luta contra o Apartheid - regime de segregação racial implantado pela minoria branca na África do Sul, entre 1948 e 1994.
Consequentemente, Madiba, como era conhecido e chamado em referência ao seu clã, passou a ser um dos grandes ícones mundiais na busca pela igualdade racial e social.
Ex-presidente da África do Sul, Mandela ficou internado de junho a setembro devido a uma infecção pulmonar. Ele deixou o hospital e estava em casa. "Ele partiu, se foi pacificamente na companhia de sua família", anunciou o presidente do país, Jacob Zuma.
Nascido numa linhagem de nobreza tribal no interior de seu país, Madiba renunciou à possibilidade de ser um chefe em sua aldeia. Também recusou um casamento arranjado para se mudar para a cidade grande, envolvendo-se em movimentos estudantis.
Começou, então, a se enraizar na luta contra o Apartheid e fundou a Liga Jovem do Congresso Nacional Africano - banido pelo governo posteriormente. Em 1964, ele foi capturado e condenado à prisão perpétua por "sabotagem e conspiração" contra o governo. Ele passou, então, os 27 anos seguintes preso - a maior parte deste período na cadeia da Ilha de Robben, num espaço pequeno e desprovido de informações sobre o mundo exterior.
Antes de ser solto, em 1990, Mandela rejeitou ser libertado em troca do abandono de seu ativismo. Em 1993, ganhou o prêmio Nobel da Paz. Quatro anos após sair da prisão, em 1994, ele foi eleito presidente da África do Sul, cargo que ocupou até 1999. Um exemplo da humildade de Madiba aconteceu na comemoração de seus 90 anos, quando, para surpresa de muitos, convidou vários carcereiros da Ilha de Robben.

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