Nelson Mandela morreu, ontem, em Johannesburgo, aos 95 anos. Ele foi o
símbolo maior da luta contra o Apartheid - regime de segregação racial
implantado pela minoria branca na África do Sul, entre 1948 e 1994.
Consequentemente, Madiba, como era conhecido e chamado em referência
ao seu clã, passou a ser um dos grandes ícones mundiais na busca pela
igualdade racial e social.
Ex-presidente da África do Sul, Mandela ficou internado de junho a
setembro devido a uma infecção pulmonar. Ele deixou o hospital e estava
em casa. "Ele partiu, se foi pacificamente na companhia de sua família",
anunciou o presidente do país, Jacob Zuma.
Nascido numa linhagem de nobreza tribal no interior de seu país,
Madiba renunciou à possibilidade de ser um chefe em sua aldeia. Também
recusou um casamento arranjado para se mudar para a cidade grande,
envolvendo-se em movimentos estudantis.
Começou, então, a se enraizar na luta contra o Apartheid e fundou a
Liga Jovem do Congresso Nacional Africano - banido pelo governo
posteriormente. Em 1964, ele foi capturado e condenado à prisão perpétua
por "sabotagem e conspiração" contra o governo. Ele passou, então, os
27 anos seguintes preso - a maior parte deste período na cadeia da Ilha
de Robben, num espaço pequeno e desprovido de informações sobre o mundo
exterior.
Antes de ser solto, em 1990, Mandela rejeitou ser libertado em troca
do abandono de seu ativismo. Em 1993, ganhou o prêmio Nobel da Paz.
Quatro anos após sair da prisão, em 1994, ele foi eleito presidente da
África do Sul, cargo que ocupou até 1999. Um exemplo da humildade de
Madiba aconteceu na comemoração de seus 90 anos, quando, para surpresa
de muitos, convidou vários carcereiros da Ilha de Robben.
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